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Guia de viagens de natureza do Chile: 6 destinos para vivenciar novas experiências

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Se você vai ao sul, tem geleiras e vulcões, se vai ao norte, tem desertos. Andou para um lado, tem praias banhadas pelo Oceano Pacífico, andou para o outro, tem a cordilheira dos Andes. Sim, querido leitor, estamos falando do Chile, um país recheado com todo tipo de natureza que você imaginar e que, não por acaso, atraiu mais de 450 mil turistas brasileiros só em 2015.

E não estamos falando só de turistas em busca de passeios convencionais não! Muita gente que parte para o Chile busca ver de perto justamente as belezas naturais e as experiências culturais que nós não temos aqui no Brasil.

Mas quais lugares e experiências são essas? Por que tanta gente paga para fazer algo diferente, longe da zona de conforto? É exatamente o que iremos responder a você aqui mesmo, neste e-book! Também aproveitaremos para mostrar quais são os melhores destinos desse país semi-vizinho aqui da parte de baixo da América.

Ficou interessado em saber mais sobre tudo isso? Então vamos lá!

Por que é importante ter contato com a natureza?

Provavelmente você conhece esse filme: a pessoa acorda com o despertador do celular logo pela manhã, arruma tudo correndo para sair para o trabalho, pega um trânsito mega engarrafado no caminho e passa o dia realizando as demandas da empresa. Como será que a mente dela estará no final de algum tempo? De acordo com psicólogo Marc Berman, da Universidade de Michigan, ela não estará nada bem.

Os benefícios do contato com a natureza para o nosso cérebro

Em uma pesquisa publicada em 2008 por Berman, ele chegou à conclusão que, enquanto nos centros urbanos nós somos cercados por estímulos que sempre captam e disputam a nossa atenção, na natureza, acontece justamente o contrário. Lá, nossa atenção é puxada de uma maneira mais modesta e com estímulos mais suaves.

Só que isso não precisa ser nenhum Einstein para saber, certo? Pois a pesquisa de Berman se aprofundou nisso e viu que, quem vive em grandes cidades, com tantos estímulos, acaba perdendo boa parte da capacidade de guardar informações, já que o cérebro não tem tempo suficiente para se restaurar em meio a tanto ruído.

Vitamina D

Outro fator que faz com que um bom passeio no meio da natureza seja bom para a gente é a famosa vitamina D. Essa vitamina é produzida pelo corpo por causa da incidência dos raios solares na pele. Sendo assim, é mais fácil produzir vitamina D nos trekkings, nos Saltos de Petrohué do que na baia do seu escritório.

Concentração

Outra coisa que acontece bastante entre um engarrafamento e outro e entre uma reunião e outra é a nossa constante atenção no que está acontecendo ali, naquele grupo do whatsapp ou na timeline do Facebook. E não passamos pouco tempo olhando isso não, viu?

Por isso, andar em ambientes naturais, sem ficar de olho na tela do smartphone, pode ajudar bastante a recuperar aquela concentração perdida ao longo da semana.

Agora, todos esses benefícios só podem vir se a pessoa estiver disposta a fazer algo que nem todo mundo consegue fazer: sair da zona de conforto.

Saia da zona de conforto e viva novas experiências

Acordar às 5 da manhã só para ver um nascer do sol? Deixar de ficar em casa assistindo TV para fazer um trekking? Acampar no meio da mata? Por que, para a maioria das pessoas, é tão difícil abandonar a famosa zona de conforto? Pois a ciência explica!

Segundo esta pesquisa feita ainda em 1908 pelos psicólogos Robert M. Yerkes e John D. Dodson, para elevar seu desempenho, o cérebro nos força a praticar atividades já conhecidas — para que não exista um “stress” ao enfrentar um novo desafio, como o aprendizado de uma nova tarefa ou até uma nova experiência. Algo que, no fim, poderia fazer da zona de conforto uma boa ideia.

Só que, por não sairmos dela, nós também não a vemos como uma recompensa por ter arriscado algo melhor.

O que você ganha ao sair da zona de conforto

Além desse sentimento de vitória por ter feito algo novo e ainda voltado inteiramente para a zona de conforto, existem outros benefícios esperando para quem resolver viver novas experiências.

Maior produtividade

Arriscar novas experiências faz com que seu cérebro aumente seu nível de ambição por querer aprender e experimentar novidades.

Controle de riscos

De acordo com este artigo do The New York Times, quando experimentamos coisas novas, aprendemos a lidar melhor com mudanças e acontecimentos inesperados.

Aumento da criatividade

Ter vontade (e curiosidade) de experimentar algo novo faz com que você aumente o seu repertório criativo, se tornando, desse jeito, uma pessoa com mais assuntos para conversar em uma mesa de bar — ou até mesmo um profissional com ideias mais robustas para a sua empresa.

Agora que você já conhece os benefícios de largar um pouco a zona de conforto de lado e entrar em contato com a natureza, que tal saber quais são os melhores destinos para você fazer tudo estando lá no Chile?

6 lugares para aproveitar a natureza e viver novas experiências

Como se fosse uma “tripinha” de terra no canto da América do Sul, o Chile tem mais de 6 mil quilômetros de litoral, pra lá de 4 mil quilômetros de comprimento norte-sul e apenas 175 km de largura.

Para se ter uma base: é possível atravessar de leste à oeste a parte de terra do país com apenas 3 horas de carro.

Mas isso não quer dizer que o Chile não esconda verdadeiras maravilhas naturais em todo seu território. Aliás, essa característica só ajuda o país a ser ainda mais interessante.

Veja só alguns destinos que você precisa conhecer por lá:

Atacama

Localizada a mais de 1.600km da capital Santiago, a região do Atacama é uma das mais procuradas pelos turistas no Chile. Mas mesmo com a alta demanda, não é todo mundo que topa fazer seus passeios, que podem facilmente durar mais de 2 terços do dia — afinal, é uma área desértica, e não é fácil ir de um lugar a outro como na cidade.

Agora, quais são esses programas que existem por lá e atraem tantos turistas?

Valle de la Luna e Valle de la Muerte

Se algum diretor quisesse rodar algum filme de ficção científica no Chile, com certeza escolheria um desses vales como cenário.

Localizados na Cordilheira de Sal, tanto o Valle de la Luna quanto o Valle de la Muerte — ambos com visual que remete ao da lua (ou de marte) — fazem parte de um dos roteiros mais procurados por quem chega no Atacama pela primeira vez.

Salar de Atacama

Pedaços de sal com até 70 centímetros de altura, lagoas repletas de flamingos e vários campos abertos. Tudo isso é possivel conferir no lindíssimo Salar de Atacama, um deserto de sal da região do Atacama que fica a 2.300 metros do nível do mar.

Gêiseres del Tatio

Para ver esses minivuclões que jorram água fervente para cima é preciso acordar cedo, (bem cedo). Afinal, suas atividades rolam de manhã e, por isso, é preciso levantar de madruga para conseguir chegar a tempo de ver o espetáculo.

Ilha de Páscoa

Cravada a mais de 3500km da costa do Chile, a Ilha de Páscoa foi descoberta justamente no domingo de Páscoa de 1722, e até hoje enche o imaginário de quem passa por lá. E não é à toa: mesmo depois de séculos, ainda não existe uma resposta exata para como aquelas gigantescas estátuas de mais de 10 metros de altura e com mais de 82 toneladas chegaram até lá!

Ficou interessado em ver tudo isso de perto? Então confira outros excelentes programas para quem quer ir até a Ilha de Páscoa!

Rapa Nui National Park

Considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, esse parque de 71,3km² abriga algumas das mais impressionantes estátuas dessa misteriosa ilha do oceano pacifico.

Mergulho em Motu Nui

Considerado um dos melhores pontos de mergulho da região, as ilhotas de Motu Nui, Motu Iti e Motu Kao Kao têm como atração algumas estátuas que ficam escondidas no fundo do mar.

Vulcão Rano Kau

Com acesso bastante fácil, esse vulcão é um dos points favoritos para quem resolve pedalar pela extensão da ilha. E é fácil chegar até o topo, já que a trilha é toda bem marcada e ainda agracia os visitantes com uma bela vista da região.

Ilha de Chiloé

Localizada na belíssima Região de Los Lagos, a Ilha de Chiloé é um destino bem rústico e interessante, que fica a pouco mais de 3 horas de voo da capital, Santiago.

Lemuy Island

Sendo uma das 30 ilhas que fazem parte de Chiloé, a Lemuy Island ganha pontos por ser uma das mais bonitas durante o verão.

Igrejas

O que não falta para ver em Chiloé são igrejas. Várias delas, inclusive, são inspiradas na arquitetura europeia (bastante presente nessa região dos lagos).

Pinguins

Quer ver alguns pinguins? Pois essas simpáticas aves estão sempre presentes ali por perto.

Lagos Andinos

Se você gosta de tirar fotos durante a viagem, pode reservar um bom cartão de memória só para essa parte do Chile.

Com vulcões, vista para as montanhas, florestas, cidades com estilo europeu e, claro, belíssimos lagos, a região dos Lagos Andinos é uma das que mais enchem os olhos dos turistas. E motivo para isso é o que não falta.

Parque Nacional Vicente Perez Rosales

Com mais de 230 mil hectares, esse parque, localizado a poucos quilômetros da estilosa Puerto Varas, abriga os vulcões Osorno e Tronador, o Lago Todos los Santos e até os Saltos de Petrohué que comentamos a respeito lá em cima, no começo do e-book.

Uma verdadeira beleza natural que merece ser vista de perto!

Vulcão Osorno

Bem, já que comentamos a respeito dele, é claro que você não pode deixar de subir até pelo menos a base do Vulcão Osorno. Um vulcão que, durante o inverno, é perfeito para a prática de esqui, e na primavera e no verão, é disputadíssimo para a prática de downhill.

Frutillar

Fundada por colonos alemães no final do século XIX, Frutillar é uma cidadezinha com pouco mais de 5 mil habitantes, que abriga o Museu Colonial Alemão e alguns dos cenários mais bonitos do sul do Chile, como a belíssima vista para o lago Lago Llanquihue.

Patagônia

Englobando, ao mesmo tempo, a Argentina e o Chile, a região da Patagônia abriga tanto a cordilheira dos Andes, quanto o território de Valdívia — e até o arquipélago da Terra do Fogo. Por ser uma região tão extensa, acaba englobando tanto a já citada Ilha de Chiloé quanto os Lagos Andinos, e até o famoso Parque Nacional Torres del Paine. E o que não faltam por lá são opções do que fazer!

Cruzeiros Australis e Cabo Horn

A prova de que o Chile é um lugar maravilhoso de ponta à ponta é o lindíssimo Cabo Horn, um pedaço de terra descoberto em 1616 e que é também a última ponta ao sul daquele país. Agora, sabe o que faz do Cabo ainda mais sensacional? O fato de que é possível chegar até ele por meio de um cruzeiro (que acaba passando também pela lendária Ushuaia).  

Parque Nacional Torres del Paine

Sério, se você está indo até o sul do Chile, não dá para deixar de conferir o visual arrebatador do Parque Nacional Torres del Paine, um dos destinos mais cobiçados da região da Patagônia. Um local com mais de 227.000 hectares, muita flora, fauna — incluindo animais selvagens como ñandu (tipo de avestruz), guanaco, huemul (animal símbolo do Chile) e condor —, ótima estrutura para os turistas e a impressionante Cordilheira Paine como plano de fundo da viagem.

A dica de ouro aqui é: quando passar por lá, hospede-se no Parque e não em Puerto Natales. Assim, você pode aproveitar muito mais.

Lago Nordenskjöld

Ainda na Patagônia chilena e no Parque Nacional Torres del Paine, outro destino que você não pode deixar de conferir é o esverdeado Lago Nordenskiöld, um cartão postal de tirar o fôlego, que tem esse nome repleto de consoantes (e bem pouco latino-americano) por causa do seu descobridor, o sueco Otto Nordenskiöld.

Vale Nevado

Considerado o principal destino dos brasileiros que procuram esquiar no Chile, o Vale Nevado fica ali, coladinho em Santiago, e traz toda a infraestrutura para quem deseja aproveitar a neve do inverno aqui dos trópicos.

Mas tem que ficar esperto para pegar a temporada certa de neve, que vai do final de maio/começo de junho até o mês de setembro!